Acervo

Archivum

preservação de acervo musical

ARCHIVUM é um dos projetos do Museu da Música – Itu, criado para preservar, restaurar e reapresentar o repertório de músicas que está sob sua custódia.
O acervo é composto por conjuntos documentais de compositores, instrumentistas de Itu e instituições de Itu. É de expressiva relevância para a história da música brasileira, remontando quase 200 anos de história, obras datadas desde a década de 1830.
Por que preservar papéis? Por que preservar denominadores da memória? Por que guardar e manter vivos acervos culturais? Estas questões passam despercebidas em nosso dia-a-dia, pela velocidade de nossas atitudes cotidianas, sempre ligadas à sobrevivência, aos ditames do Capitalismo.
Porém os referenciais do passado, da cultura, que dão suporte ao nosso conhecimento, passado de geração em geração, aquilo que saberão os nossos filhos e os filhos de seus filhos, precisa ser preservado em alguma instituição, para que haja memória e aprendizado pela Humanidade.

É lugar comum acharmos que o passado é preservado pelo Estado, pelas instituições do governo. De fato é. Porém alguns tipos de documentação não encontram lugares de expressão nas pequenas comunidades, como, por exemplo, o arquivo histórico musical.
Se a cidade de Itu detém uma riqueza tão expressiva de acervo musical, é necessário preservar, como forma de manter viva a memória de um passado que se mantém expressivo nos diversos grupos culturais de hoje.
Desde que o Museu da Música – Itu foi criado, em 2007, seu objetivo é preservar e divulgar seu acervo, em forma de concerto ou através de um site, mostras temporárias, projetos educativos em escolas e instituições.
Além do acervo de partituras o Museu da Música preserva cerca de 300 objetos, gravações, documentos e imagens sobre a história da música em Itu.

Através do projeto ARCHIVUM o Museu da Música - Itu se propõe a: Quantificar os acervos já doados ou sob guarda permanente; Higienizar os acervos doados, folha a folha, expurgando insetos e marcas; Organizar os acervos dentro dos padrões internacionais de arquivologia; Acondicionar os fundos e coleções; Inventariar o acervo através de um catálogo das obras; Permitir pesquisa pública para especialistas; Divulgar o acervo através de mostras, site e concertos. Em 2018 há cerca de 40 coleções de partituras, cerca de 10 mil documentos catalogados e preservados no acervo.

Sarau de Outrora - Coral Vozes de Itu, 2014

Difusão de acervo musical

Desde 1995 uma equipe de músicos ituanos, hoje ligados ao Museu da Música – Itu, tem se dedicado à transcrição de obras de compositores locais para serem executadas pelo Coro da Associação Cultural Vozes de Itu e pela Schola Cantorum de Itu. Esta atividade é fundamental para a difusão do repertório, para que o acervo se torne um elemento vivo da cultura na atualidade, um patrimônio presente na vida de Itu. O elenco de obras pesquisadas (encontradas já transcritas) ou restauradas (transcritas) é expressivo. Ao todo foram trinta e sete obras. Uma listagem também serve para se ter noção do volume já pesquisado e trazido à vida. As obras foram transcritas por Alfredo Abbati, Luís Roberto de Francisco, Paulo Longarez, Rafael Gavioli, Vinícius Gavioli e Giancarlo Staffetti e Daniel Guimarães.

Obras transcritas, ensaiadas e já apresentadas em Itu


Do Padre Jesuíno do Monte Carmelo (1764-1819) – transcrições da Profa. Lenita Nogueira (UNICAMP)
Canto da Verônica – desde 1998
Matinas de 5ª feira Santa - 9º Responsório - Caligaverunt Oculi Mei. desde 2000.
Pange Lingua...Corporis, desde 2004.
Procissão de Palmas, desde 2005.
Paixão e Turbas para o Domingo de Ramos, desde 2007 (primeira audição universal)
Ladainha em Sol menor, nova transcrição e execução desde 2007.
Matinas do Menino Deus, transcrição pela Profa. Lenita Nogueira, com apoio cultural do Museu da Música – Itu. Primeira audição universal com coro e orquestra em 2009.
O salutaria hóstia - 2014
Jesu dulcis memória – 2014


De Miguel Archanjo Benício da Assumpção Dutra (1812-1875) Transcrição Profa. Cláudia Polastre (UNESP)
Ofertório do 1º Domingo da Quaresma, 1842 – desde 2010
Ofertório do 2º Domingo da Quaresma, 1842 – desde 2010
Stabat Mater Dolorosa – desde 2012
Si quaeris miracula – desde 2012


De Manoel Álvares Lobo (1831-1902)
Improperium Expectavit Cor Meum, transcrição e primeira audição em 1996.


De Elias Álvares Lobo (1834-1901)
Três Horas de Agonia ou As Sete Palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo no Calvário – 1867, transcrição e primeira audição em 1995.
Sanctus do Credo 3º - desde 1997.
Agnus Dei do Credo 3º - desde 1997.
Veni Sancte Spiritus, desde 1997.
Ópera “A Noite de São João” - Abertura e Rondó Final – 1859, partitura impressa, desde 1999
Hymno Republicano de São Paulo - partitura impressa, desde 1999.
Chá preto, sinhá – lundu - partitura impressa, desde 1999.
Nerina Maga Estrela - modinha - partitura impressa, desde 1999.
Motetes para a Procissão de Passos – 1869, desde 2001)
Kyrie (Missa 13ª) – 1889, transcrição e primeira audição em 2001.
Motetes “Neste mês de alegria” e “Deus de bondade”, transcrição e primeira audição em 2001.
Setenário da Imaculada Conceição – Intróito – 1887, transcrição e primeira audição em 2001.
Ofertório da Missa de Réquiem – transcrição e primeira audição em 2008.
Tractus – Deus meus, respice in me – transcrição e primeira audição em 2010.
Mês de Maria – transcrição e primeira audição – 2014
Breve Missa de Requiem - transcrição e primeira audição – 2014
Jaculatórias do Setenário do Divino Espírito Santo - transcrição e primeira audição – 2014
Matinas de Quarta-feira santa - transcrição e primeira audição – 2014
Motetes para a Procissão do Enterro - transcrição e primeira audição – 2012


De Tristão Mariano da Costa (1846-1908)
Mandatum Novum - 1876 - transcrição e primeira audição em 1996.
Missa nº 8 transcrição e primeira audição em Piracicaba, em 1997.
Motete Adoremus, desde 1997.
Popule Meus, do Ofício de 6ª Feira Santa – 1876 – transcrição e primeira audição em 2000.
Matinas de Quarta feira santa, 1876 – transcrição e primeira audição em 2003.
Ofício de Ramos (1876), transcrição e primeira audição em 2006.
Paixão e Turbas para Domingo de Ramos (1876), transcrição e primeira audição em 2006.
Missa de Réquiem (1874) – transcrição e primeira audição com coro e orquestra em 2008.
Tractus – Domine, audivi auditum tuum – transcrição e primeira audição em 2010.
Tractus – Eripe me - transcrição e primeira audição em 2010.
Ofício da Paixão - transcrição e primeira audição – 2012


De José Mariano da Costa Lobo (1857-1892)
Antifona das Matinas de 5ª Feira Santa – 1880 - transcrição e primeira audição em 1999.
2º Responsório - Velum Templi das Matinas de 5ª Feira Santa – 1880 - transcrição e primeira audição em 2000.
Motetes para a Procissão de Passos (1882) - transcrição e primeira audição da versão original desde 2008.
Quadrilhas para piano – transcrição e primeira audição em 2007, no 150º de seu nascimento.


De Tristão Mariano da Costa Júnior (1880-1935)
Ausência Cruel – 1902, desde 1999.


De Eduardo Pons
Amélia (Mazurca), desde 2014


De José Tescari (1882 – 1935)
Responsórios para o Sábado Santo, desde 2015


Novena do Senhor Bom Jesus (séc. XVIII e XIX)
As músicas da novena do Senhor Bom Jesus foram transcritas por Daniel Guimarães, Evandro Correia e Luís Roberto de Francisco em 2017 para serem cantadas no primeiro domingo de 2018, quando se restaurou a sua festa na Igreja do Bom Jesus. As peças, sem autoria confirmada, são atribuídas a diversos compositores de Itu e São Paulo, entre eles, André da Silva Gomes, Padre Jesuíno do Monte Carmelo, Padre Jerônimo Pinto Rodrigues, Elias Lobo e Tristão Mariano da Costa.

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